Loucos, autodestrutivos, viciados, incompreendidos.
Muitos dos maiores músicos de jazz da história receberam
ao menos um desses epítetos, como nos mostra Geoff Dyer em
"Todo aquele jazz". O livro apresenta uma mescla entre
ensaio e ficção, criando um romance fragmentado a
partir de muita pesquisa histórica.
Com um olhar afiado, o autor descreve de forma minuciosa os movimentos
e descaminhos de artistas como Chet Baker, Duke Ellington, Art Pepper
e Thelonious Monk. São gênios retratados em situações-limite,
momentos de ruptura, como aquele em que Chet discute com um traficante,
ou os devaneios de Art Pepper na cadeia.
Dyer se deixa contagiar pelo improviso jazzístico ao compor
sua obra, avançando de forma errática pelas tramas
que cria, movido pelo sentimento e pelo instinto. Adotando um ponto
de vista bastante pessoal e subjetivo, aproxima o leitor dessas
figuras míticas da música norte-americana que fizeram
a história não apenas do jazz, mas dos Estados Unidos,
ao redefinir o espaço do negro em um ambiente dominado pelo
racismo.
Afinal, segundo Ornette Coleman, “as melhores declarações
dos negros a respeito de sua alma foram feitas no saxofone tenor”.
"Todo aquele jazz", ao abordar o gênero de uma
perspectiva intimista, não apenas oferece um novo olhar para
os entusiastas da música de Monk, Mingus e Ellington, mas
serve de guia para novatos que se interessam pelo som que parece
exigir tanto de seus intérpretes a ponto de consumi-los por
completo.
Blues for Blanche
– Art Pepper
Cleopratas – Powell
Did You Call her Today – Ben Webster
Pussy Cat Dues – Charles Mingus
Ruby my Dear – Thelonious Monk
Sweet Loraine – Lester Young
Tsuyoshi Yamamoto Trio - Blues for Tee
A
história do Jazz
“Talvez o melhor livro já escrito sobre jazz.”
- Los Angeles Times
“O único livro de jazz que recomendo aos meus amigos.”
- Keith Jarrett
“Um livro engenhoso escrito de forma brilhante.” -
New York Times
“Todo aquele jazz é um tributo comovente e original
à música negra norte-americana.” - Bryan Ferry