Lenda
do Jazz no Brasil
O saxofonista
Sonny Rollins, simpático nova-iorquino de 78 anos,
considerado uma lenda viva do jazz, arrancou muitos aplausos
no Auditório Ibirapuera. Ele fará ainda um show
gratuito sábado (25) no Parque Ibirapuera.
Rollins, que volta ao Brasil depois de 23
anos, tocou em um local em que apenas 800 privilegiados tiveram
o prazer de ver o lendário músico. Mas no sábado,
às 11h, milhares de pessoas assistirão ao show
no parque.

Sempre
de óculos escuros, o músico que já tocou
com Miles Davis, Thelonious Monk, e outras feras se apresentou
acompanhado de Clifton Anderson no trombone, Robert Broom
Jr. na guitarra, Kobie Watkins na bateria e Robert Cranshaw
no baixo.
A banda
abriu espaço para composições do repertório
clássico de Rollins e ainda para uma divertida versão
de “Isn’t she lovely”, de Stevie Wonder.

Mesmo
com dificuldade para caminhar, o saxofonista não deixava
de gingar enquanto tocava, vibrando a cada solo. Ao apresentar
os músicos, Rollins não perdeu a piada - "hora
de retomar o fôlego!" - e logo emendou outra composição.

Biografia
Rollins
nasceu em 7 de setembro de 1930, na cidade de New York. Ele
começou tocando sax-alto na high school, mas logo depois
ele trocou pelo tenor e iniciou sua carreira em 1947.
Entre
o final dos anos 40 e começo dos anos 50, Rollins trabalhou
com o que havia de melhor no bebop, entre eles, Art Blakey,
Thelonious Monk, Bud Powell, Miles Davis e Tadd Dameron. Suas
primeiras gravações como líder ocorreram
em 1951.

Rollins
se juntou ao quinteto do trompetista Clifford Brown e do baterista
Max Roach por um par de anos, de 1955/57 e a partir da morte
de Brown passou a liderar e gravar com seus próprios
grupos.
A
obra realizada por Rollins no período de 1957/59 é
fantástica, pois nela foram criados momentos inesquecíveis
do jazz moderno. Dessa obra, se destacam “Saxophone
Colossus”, “Way Out West” e “Freedom
Suite”.
Gunther
Schuller escreveu em 1959 sobre os improvisos de Rollins em
"Blue 7" do álbum Saxophone Colossus com
grande emoção. Schuller falava da habilidade
de Rollins para dividir o tema em motivos e trabalhar nos
elementos como um compositor poderia chegar ao trabalho principal--em
vez da metodologia de jazz habitual de empregar mudanças
somente de acorde.
Em
1959 ele se ausentou do mundo do jazz, retornando só
em 1962 com o álbum “The Bridge” tocando
com o guitarrista Jim Hall, o baixista Bob Cranshaw e o baterista
Ben Riley. O nome do disco se deve ao fato de que durante
sua ausência ele praticava seu sax na Williamsburg Bridge
em New York.
Depois
de gravar vários álbuns na década de
60, inclusive alguns para a Impulse!, ele viajou para a India
em 1968. Um ano depois ele voltou a se retirar da ativa, só
retornando às gravações em novembro de
1971.

An Evening
With Sonny Rollins, Central Park
A
carreira de Rollins continuou sendo muito profícua,
gerando não só muitos álbuns mas também
várias excursões internacionais bem como intensa
participação em festivais de jazz nos Estados
Unidos e na Europa.
Discografia |
1951
Sonny Rollins With the Modern Jazz Quartet Prestige/OJC
1954 Moving Out Prestige/OJC
1956 Sonny Rollins Plus Four Prestige/OJC
1956 Saxophone Colossus Prestige/OJC
1956 Tenor Madness Prestige
1956 The Complete Prestige Recordings Prestige
1957 Way Out West JVC
1958 Freedom Suite Riverside/OJC
1962 The Bridge Bluebird
1962 The Quartets Featuring Jim Hall Bluebird
1962 On the Outside Bluebird
1966 East Broadway Rundown Universal
1967 A Night at the Village Vanguard Blue Note
1973 Sonny Rollins In Japan JVC
1974 The Cutting Edge Milestone/OJC
1977 Easy Living Milestone/OJC
1993 Old Flames Milestone
2003 With Modern Jazz Quartet Prestige
2005 Without a Song: The 9/11 Concert Sony
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Fontes:
G1 GLOBO COM,
Website
Oficial Sonny Rollins; Clube
de Jazz
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