Na
Cena Eletrônica
Grandes
álbuns da música eletrônica
Nas 960
páginas do livro “1001 discos para ouvir antes
de morrer”, editado por Robert Dimery, 90 renomados
críticos internacionais selecionam e comentam os álbuns
que influenciaram o meio musical, abordando a história
da música em detalhes.
Obviamente,
a maior parte do livro é dedicada ao rock e ao pop,
mas há também diversas inclusões de outros
estilos – entre eles, a música eletrônica.
Entretanto, são poucas as citações, restritas
apenas aos discos que trazem (uns mais e outros menos) a pegada
do eletrônico mainstream, aqueles mais íntimos
das rádios e dos clipes da MTV.
Popularescos
ou não, é inegável que todos eles contribuíram
para a formação da história da cena eletrônica.
Álbuns como “Dig Your Own Hole”, dos Chemical
Brothers, e ”You’ve come a long way, baby”,
de Fatboy Slim, tiveram músicas, ou inspiradas nelas,
tocadas em baladas e raves do mundo todo.
A seguir
trechos de seis resenhas de álbuns marcantes da música
eletrônica:
Aphex Twin - Heliosphan

Aphex
Twin “Selected Ambient Works 85-92” (2001)
“Qualquer
raver que valha tem os seus tênis e, na verdade, qualquer
um com interesse ainda que remoto por música eletrônica
deve possuir uma cópia bem surrada de Selected Ambiente
Works na sua coleção. Este é um marco
na música dance, pois o seu groove esparso e suas linhas
fascinantes de sintetizadores soam até hoje tão
embriagantes e alienígenas quanto há uma década.
É
um álbum longo, com mais de 70 minutos. Contudo, apesar
de soar diferente de todo o resto, é acessível:
hipnótico, sedutor e muito adequado ao crescente exército
de fãs daquilo que iria ser catalogado como música
inteligente para dançar.
Há
apenas um sample vocal em todo o álbum, retirado de
A Fábrica de Chocolate (na verdade, um trecho
de uma poesia de Artur O´Shaughnessy que também
inspirou o grupo tecno 808 State) - "We are the music
makers, and we are the dreamers of dreams". Verdade,
em parte: todos podemos sonhar, mas apenas Richard D. James
consegue fazer música assim."
Fatboy Slim - Going Out Of My Head

Fatboy
Slim “Better Living Through Chemistry” (1996)
“A
passagem de Norman Cook - de baixista e vocalista da banda
de rock The Housemartins a produtor e DJ sob o nome artístico
de Fatboy Slim - é uma das reinvenções
pessoais mais notáveis do universo pop em fins do século
XX.
Better
Living Through Chemistry exemplifica claramente o que faz
com que as criações de Cook sejam tão
utilizadas em trilhas sonoras e anúncios, assim como
pistas e ainda apareçam nas listas das rádios.
Tendo um ouvido fino para melodias contagiantes, ele incorpora
samples e temas esotéricos a efeitos divertidos. "Santa
Cruz" possui uma melodia hipnótica tocada por
um som similar a um xilofone que sustenta a qualidade de perfeita
felicidade que reina na música.
Os acordes
de guitarra com distorção sampleados de um cover
de "I Can´t Explain", do The Who, se misturam
com batidas movimentadas e efeitos sonoros futuristas para
criar o híbrido de dance e rock em "Going Out
Of My Head."
Chemical Brother - The Private Psychedelic Reel

The
Chemical Brothers “Dig Your Own Hole” (1997)
“‘Em
1997, o Heavenly Social em Turnmills, Londres, era um lugar
muito excitante(e cheio de suor) para se estar. Todos os sábados,
o clube tremia com acid house, electro, tecno e outros estilos
sob o comando de Jon Carter, Richard Fearless, Dave Clark
e Andrew Weatherall. Contudo, a grande atração
da noite era Tom Rowlands e Ed SImons - o duo conhecido com
Chemical Brothers.
A sua
estréia, Exit Planet Dust, tinha causado bastante agitação,
mas foi com Dig Your Own Hole que as coisas ficaram sérias
para o Chemical. A arte simples da capa esconde um conteúdo
trabalhado com minúcia - muitas das faixas tinham já
sido testadas nas pistas. "Block Rockin´ Beats"
começa bombasticamente com um sample de Schooly D e
uma batida forte, enquanto "Eletrobank", "Don´t
Stop The Rock" e "It Doesn´t Matter"
recriam a sobrecarga sensorial de um set electroacid house
do duo de DJs.
"Setting
Sun" inclui sons estridentes de sitentizador, a voz arrastada
e distorcida de Noel Gallagher e batidas dos Beatles ( a música
foi espirituosamente apelidada de "Tomorrow Never Noels").
"Lost In The K-Hole" é uma tortuosa pancada
de demência induzida por tranquilizantes de cavalos.
"The Private Psychedelic Reel" é um estonteante
épico do psicodelismo tecno, uma sucessão de
picos e vales."
Daft Punk - Around the World

Daft
Punk “Homework” (1997)
“Os
ravers não estavam preparados para Homework. No início
de 1997, os encantos do britpop que tinham seduzido quase
toda a juventude inglesa e a música eletrônica,
antes tão progressista, estavam em baixa. Mas a mistura
de p-funk, disco, acid e samples no estilo hip-hop do Daft
Punk reinventou o gênero, deixando confusos os adeptos
de dance music da época,
Depois
de brincar com o rock indie na sua banda anterior, Darlin,
Guy-Manuel e o seu carismático parceiro de produção
Thomas Bangalter partiram para a música dance num estilo
nitidamente francês. O seu grande sucesso "Da Funk",
de 1995, deve muito a George Clinton e a Paul Oakenfold. O
single seguinte, menos energético porém mais
comercial, "Around The World", também funde
influências muito heterogêneas (Kool and The Gang,
Zapp, Buggles) numa só música. Era "cortar
e colar" para as pistas, imediatamente novo mas muito
retrô."
Moby - Honey

Moby
“Play” (1999)
“Com
Play, Moby criou música eletrônica para todos
os públicos. O álbum coincidiu com o fim de
um apelo mais restrito desse gênero musical, ainda que
seja injusto dizer que foi o único responsável
pela disseminação da música eletrônica
junto ao grande público: o sucesso deste disco se deve,
em grande parte, á inclusão de elementos de
blues, gospel e rock.
Apesar
de músicas como "Honey" e "Bodyrock"
terem se tornado clássicos das pistas - de Ibiza a
São Francisco -, este não é um disco
de dance, mas um álbum pop. Moby se inspira em várias
fontes, construindo a irresistível música de
abertura, "Honey", em torno de curtos samples da
maior representante do blues da Geórgia, Bessie Jones.
Play teve
um êxito comercial esmagador, atingindo o primeiro lugar
das paradas inglesas e tendo vendido mais de dois milhõs
de cópias."
Royksopp - Eple

Royksopp
“Melody A.M.” (2001)
“Os
velhos e manjados mantras - "não há nenhum
novo clássico: dance e música eletrônica
são eternamente repetitivas" - são evaporados
com classe pelo grande prazer digital que é "Eple",
o primeiro single de Melody A.M., que para muitos foi o que
iniciou o século 21. Espalhou-se pelos clubes undergrounds
da Europa até chegar a um público mais amplo
- aparentemente vindo do nada.
Entre
as suas influências destacam-se Eric, Satie, Francis
Lai(um mestre das trilhas sonoras de filmes pornô artísticos)
e Portishead. Mas a sua arte reside mesmo nas melodias contagiantes
e no controle absoluto dos recursos eletrônicos, desde
sutilezas de tons e seus ritmos dançantes até
a absoluta maestria dos arranjos. Seus colaboradores nos vocais
possuem vozes cortantes e desencantadas que se somam a vulnerabilidade
e á humanidade que o duo injeta em sua música."

MP3
: PSY
TRANCE
Hardcore
Music & more

Festivais
Europeus de Verão
www.aqua-veda.com
ARCADIAN
FESTIVAL
29, 30 e 31 de Agosto, na França
Festival
típico europeu, com artistas predominantemente franceses
e portugueses, chega em sua quinta edição com
2 palcos de vertentes diferentes da música eletrônica:
trance, psy, electro, techno, minimal, house, downtempo, dub
e ambient.
O principal diferencial são os banheiros e chuveiros
orgânicos, de acordo com a fama de engajamento no desenvolvimento
sustentável que tem o festival, que também conta
com shows de pirofagia, praça de alimentação,
workshops, “psynema” e muita cultura alternativa.

Arcadia
festival 2007 by Aqua-veda
www.indian-spirit.de
INDIAN
SPIRIT
4 e 9 de setembro
Mais um
festival no norte da Alemanha, que acontece esse ano , já
no fim do verão europeu, trazendo muito trance, prog,
psy e chill out.
A decoração
desse festival é realmente fantástica, fortemente
baseada em elementos tribais. No line, nomes bem conhecidos
da cena mainstream, tais como Zen Mechanics, Sub 6, Pixel,
Hypersonic, Delirious, Domestic, Kularis, entre outros.

Indian
Spirit

Skol
Beats
O
festival será realizado dia 27 de setembro e vai inovar
em seu formato: desta vez, a escalação e configuração
do maior evento de música eletrônica do país
foram escolhidos em uma votação popular.

Laurent
Garnier deixando a tenda hipnotizada no Skol Beats 2007
O local
do evento, seu horário, o número de palcos ou
tendas e os estilos que predominarão no festival foram
definidos através de um fórum abrigado no site
oficial do evento no endereço
www.skolbeats.com.br
A escolha
das atrações foi definida em votação
a partir de uma lista pré-definida pela organização.
A eleição foi feita no site, por telefone celular
e em urnas espalhadas pela cidade de São Paulo. Desta
votação, que teve cinco etapas durante meses,
saiu sete nomes internacionais e cinco nacionais.
Programação
Dia: 27
de Setembro.
Horário: das 18h de sábado às 20h de
domingo.
Palco Skol Live
19h às
20h45 - Killer on the Dancefloor
20h45 às 22h - Montage (Live)
22h às 23h - Mixhell (Live)
23h à 0h30 - Justice (Live)
0h30 à 1h45 - DJ Marky & MC Santana
1h45 às 3h - Pendulum (Live)
3h às 4h30 - Digitalism (Live)
4h30 às 7h - Armin Van Buuren
7h às 8h - Gui Boratto (live)
Tenda
Skol Beats
20h às
22h - Mario Fischetti
22h à 0h - Agoria
0h à 1h - Anderson Noise
1h às 3h - Dubfire
3h às 5h30 - Steve Angello & Sebastian Ingrosso
5h30 às 7h - Fabrício Peçanha
7h às 8h - Murphy
Tenda
Terra
20h às
21h - Flow & Zeo
21h às 22h - Marcelinho CIC
22h à 0h - DJ MFR
0h às 2h - Miguel Migs
2h às 4h - Renato Cohen
4h às 6h - Christian Smith
6h às 7h - Propulse
7h às 8h - Blake Jarrel
Preços
Lote 1
– Até 7 de setembro: R$ 80 (R$ 40 para estudantes)
Lote 2
– Até 26 de setembro: R$ 100 (R$ 50 para estudantes)

Peacemaker:
Seria o futuro da discotecagem?
A atual
geração está presenciando a história
acontecer em muitos aspectos da vida, mas nenhum tanto quanto
com a tecnologia, que continua evoluindo rapidamente.

Peacemaker
O mais
claro exemplo disso é o novo aparelho chamado Peacemaker
que serve para mixar músicas, deixando a aparelhagem
grande e pesada dos DJs no chinelo e provando, mais uma vez,
que a tecnologia sempre se supera.
Muitos
djs franziram o cenho para essa inovação e muitos
apreciaram, como é o caso do DJ holandês Mason,
que utilizou o aparelho para mixar seu álbum novo,
o “The Amsterdan Tapes” inteiro.
Universo
Paralelo - clique aqui

Visite
a Página Electronic
Fontes:
UOL Musica, Studio X; PSYTE; Redação Rotamáxima;
Submusica
|