Os livros a seguir estão disponibilizados para download através do site Domínio Público, do Governo Federal Brasileiro.
Lançado em 2004, o site propõe "o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral."

Fernando Pessoa

Oscar Wilde
"Percebi que o Estado era um idiota, tímido como uma solteirona às voltas com a sua prataria, incapaz de distinguir os seus amigos dos inimigos; perdi todo o respeito que ainda tinha por ele e passei a considerá-lo apenas lamentável." Henry David Thoreau ( Desobediência Civil )
"Quem se importa com uma palavra quando sente que o vinho lhe queima assaz os lábios? quem pergunta o nome da prostituta com quem dormia e que sentiu morrer a seus beijos, quando nem ha dele mister por escrever-lho na lousa?" , Álvares de Azevedo ( Noite na Taverna )
"Gracioso filho de Pan! Em volta de tua fronte coroada de florzinhas e bagas teus olhos, gemas preciosas, se movem. Manchada de fezes cinzas, a cova das faces. Tuas presas reluzem. Teu peitinho parece uma cítara, sininhos circulam no bronze dos teus braços. Teu coração bate nesse ventre onde dorme o duplo sexo. Passeie pela noite, mexe essa coxa, docemente, mexe essa outra, e essa perna torta." Rimbaud ( Iluminuras )
"Desejaria saber qual é o pior: ser violada cem vezes por piratas negros, perder uma nádega, receber açoites dos búlgaros, ser batido e enforcado num auto-de-fé, ser dissecado, remar numa galera, experimentar enfim todas as misérias por que já passamos, ou ficar aqui sem fazer nada?" Voltaire ( Candido )
"Eu atravesso as coisas – e no meio da travessia não vejo!- só estava era entretido na idéia dos lugares de saída e de chegada. Assaz senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais em baixo ,bem diverso do em que primeiro se pensou. Viver nem não é muito perigoso?" Guimarães Rosa ( Grandes Sertões Veredas )

A Metamorfose - Kafka

Dante
Alighieri
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- A
Divina Comédia -Dante
Alighieri
- Poemas de Fernando
Pessoa -Fernando
Pessoa
- Cancioneiro
-Fernando
Pessoa
- A
Cartomante -Machado de
Assis
- Mensagem
-Fernando
Pessoa
- A
Carteira -Machado de
Assis
- O
Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
- Dom
Casmurro -Machado de
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- Do
Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
- Poesias Inéditas
-Fernando
Pessoa
- A
Carta -Pero Vaz de
Caminha
- A
Igreja do Diabo -Machado de Assis
- Este mundo da injustiça
globalizada -José
Saramago
- O
pastor amoroso -Fernando Pessoa
- A
Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
- Livro do Desassossego
-Fernando
Pessoa
- A
Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
- O
Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
- A
Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
- Memórias Póstumas de
Brás Cubas -Machado de
Assis
- A
Mão e a Luva -Machado
de Assis
- Arte Poética
-Aristóteles
- Os
Lusíadas -Luís Vaz de
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- A
Metamorfose -Franz
Kafka
- A
Cartomante -Machado de
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- A
Causa Secreta -Machado
de Assis
- Poemas Traduzidos
-Fernando
Pessoa
- Auto da Barca do
Inferno -Gil
Vicente
- Poemas de Álvaro de
Campos -Fernando
Pessoa
- Cancioneiro
-Fernando
Pessoa
- A
Ela -Machado de
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- O
Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
- Dom
Casmurro -Machado de
Assis
- A
Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
- Poemas de Álvaro de
Campos -Fernando
Pessoa
- Adão e Eva
-Machado de
Assis
- A
Moreninha -Joaquim
Manuel de Macedo
- A
Chinela Turca -Machado
de Assis
- Poemas Selecionados
-Florbela
Espanca
- As
Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
- A
Mão e a Luva -Machado
de Assis
- O
Alienista -Machado de
Assis
- Poemas Inconjuntos
-Fernando
Pessoa
- A
Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
- A
Carteira -Machado de
Assis
- Primeiro Fausto
-Fernando
Pessoa
- Senhora
-José de
Alencar
- A
Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
- Memórias Póstumas de
Brás Cubas -Machado de
Assis
- A
Mensageira das Violetas -Florbela Espanca
- Sonetos
-Luís Vaz de
Camões
- Eu
e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
- Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
- Iracema
-José de
Alencar
- Poemas de Ricardo Reis
-Fernando
Pessoa
- Os
Maias -José Maria Eça
de Queirós
- O
Guarani -José de
Alencar
- A
Mulher de Preto -Machado de Assis
- A
Desobediência Civil -Henry David Thoreau
- A
Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
- A
Pianista -Machado de
Assis
- Poemas em Inglês
-Fernando
Pessoa
- A
Igreja do Diabo -Machado de Assis
- A
Herança -Machado de
Assis
- A
chave -Machado de
Assis
- Eu
-Augusto dos
Anjos
- As
Primaveras -Casimiro
de Abreu
- A
Desejada das Gentes -Machado de Assis
- Poemas de Ricardo Reis
-Fernando
Pessoa
- Quincas Borba
-Machado de
Assis
- A
Segunda Vida -Machado
de Assis
- Os
Sertões -Euclides da
Cunha
- Poemas de Álvaro de
Campos -Fernando
Pessoa
- O
Alienista -Machado de
Assis
- Don
Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
- A
Alma do Lázaro -José
de Alencar
- A
Vida Eterna -Machado
de Assis
- A
Causa Secreta -Machado
de Assis
- 14
de Julho na Roça -Raul
Pompéia
- O
Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
- Astúcias de Marido
-Machado de
Assis
- Senhora
-José de
Alencar
- Auto da Barca do
Inferno -Gil
Vicente
- Noite na Taverna
- Álvares de Azevedo
- Memórias Póstumas de
Brás Cubas -Machado de
Assis
- A
"Não-me-toques"! -Artur Azevedo
- Os
Maias -José Maria Eça
de Queirós
- Obras Seletas
-Rui Barbosa
- A
Mão e a Luva -Machado
de Assis
- Amor de Perdição
-Camilo Castelo
Branco
- Aurora sem Dia
-Machado de
Assis
- Édipo-Rei
-Sófocles
- O
Abolicionismo -Joaquim
Nabuco
- Pai
Contra Mãe -Machado de
Assis
- O
Cortiço -Aluísio de
Azevedo
- Adão e Eva
-Machado de
Assis
- Os
Sertões -Euclides da
Cunha
- Esaú e Jacó
-Machado de
Assis
- Don
Quixote -Miguel de
Cervantes
- Camões
-Joaquim Nabuco
- Antes que Cases
-Machado de
Assis
- A
melhor das noivas -Machado de Assis
- Livro de Mágoas
-Florbela
Espanca
- O
Cortiço -Aluísio de
Azevedo
- A
Relíquia -José Maria
Eça de Queirós
- Helena
-Machado de
Assis
- Contos
-José Maria Eça de
Queirós
- Iliada
-Homero
- Amor de Perdição
-Camilo Castelo
Branco
- A
Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
- Os
Lusíadas -Luís Vaz de
Camões
- Sonetos e Outros Poemas
-Manuel Maria de
Barbosa du Bocage
- Ficções do interlúdio:
para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
- Anedota Pecuniária
-Machado de
Assis
- A
Carne -Júlio
Ribeiro
- O
Primo Basílio -José
Maria Eça de Queirós
- Don
Quijote -Miguel de
Cervantes
- A
Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
- A
Semana -Machado de
Assis
- A
viúva Sobral -Machado
de Assis
- A
Princesa de Babilônia -Voltaire
- O
Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
- Papéis Avulsos
-Machado de
Assis
- Eterna Mágoa
-Augusto dos
Anjos
- Cartas D'Amor
-José Maria Eça de
Queirós
- O
Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
- Anedota do Cabriolet
-Machado de
Assis
- Canção do Exílio
-Antônio Gonçalves
Dias
- A
Desejada das Gentes -Machado de Assis
- A
Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
- Don
Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
- Almas Agradecidas
-Machado de
Assis
- Cartas D'Amor - O
Efêmero Feminino -José
Maria Eça de Queirós
- Contos Fluminenses
-Machado de
Assis
- Odisséia
-Homero
- A
Mulher de Preto -Machado de Assis
- Balas de Estalo
-Machado de
Assis
- A
Senhora do Galvão -Machado de Assis
- O
Primo Basílio -José
Maria Eça de Queirós
- A
Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
- Capítulos de História
Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
- CHARNECA EM FLOR
-Florbela
Espanca
- Cinco Minutos
-José de
Alencar
- Memórias de um Sargento
de Milícias -Manuel
Antônio de Almeida
- Lucíola
-José de
Alencar
- A
Parasita Azul -Machado
de Assis
- A
Viuvinha -José de
Alencar
- Utopia
-Thomas Morus
- Missa do Galo
-Machado de
Assis
- Espumas Flutuantes
-Antônio Frederico de
Castro Alves
- História da Literatura
Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
- A Ama-Seca -Artur Azevedo
- O
Espelho -Machado de
Assis
- Helena
-Machado de
Assis
- As
Academias de Sião -Machado de Assis
- A
Carne -Júlio
Ribeiro
- A
Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
- Antes da Missa
-Machado de
Assis
- A
Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
- A
Carta -Pero Vaz de
Caminha
- LIVRO DE SÓROR SAUDADE
-Florbela
Espanca
- A
mulher Pálida -Machado
de Assis
- Americanas
-Machado de
Assis
- Cândido
-Voltaire
- Viagens de Gulliver
-Jonathan Swift
- El Arte de la Guerra -Sun Tzu
- Conto de Escola
-Machado de
Assis
- Redondilhas
-Luís Vaz de
Camões
- Iluminuras -Arthur Rimbaud
- Schopenhauer -Thomas Mann
- Carolina
-Casimiro de
Abreu
- A
esfinge sem segredo -Oscar Wilde
- Carta de Pero Vaz de
Caminha. -Pero Vaz de
Caminha
- Memorial de Aires
-Machado de
Assis
- Triste Fim de Policarpo
Quaresma -Afonso
Henriques de Lima Barreto
- A
última receita -Machado de Assis
- 7
Canções -Salomão
Rovedo
- Antologia
-Antero de
Quental
- O
Alienista -Machado de
Assis
- Outras Poesias
-Augusto dos
Anjos
- Alma Inquieta
-Olavo Bilac

Dante
Alighieri

Machado de Assis
A lista abaixo se baseia nas indicações de dois livros: How to read a book, de Mortimer J. Adler e Charles Van Doren, e The Well-Educated Mind, de Susan Wise Bauer.
Segundo a crítica especializada: "Um livro que seja recomendado por um deles é bom, mas um livro que seja recomendado por ambos, sem dúvida merece atenção."
Drama
1. Agamemnon (Ésquilo)
2. Édipo Rei (Sófocles) (resenha de Édipo Rei)
3. Medéia (Eurípides) (resenha de Medéia )
4. As Aves (Aristófanes)
5. Poética (Aristóteles)
6. Ricardo III (William Shakespeare)
7. Sonhos de uma noite de Verão (William Shakespeare)
8. Hamlet (William Shakespeare)
9. Tartufo (Moliere)
10.Casa de Bonecas (Henrik Ibsen)
11.Saint Joan (George Bernard Shaw) – (não encontrei tradução para o português)

James Joyce

Marcel Proust

Kafka
"Se te atrai tanto, tenta entrar apesar da minha proibição. Mas nota bem: eu sou poderoso. E sou apenas o mais baixo entre os porteiros. A cada nova sala há novos porteiros, um mais poderodo do que o outro. Tão-só a visão do terceiro nem mesmo eu sou capaz de suportar". Kafka ( O Processo )
“(...) uma exaustão, um abandono do ego, que por sua vez produziam um efeito mais tremendamente majestoso do que qualquer ousadia pessoal. (...) Onde se uniam a grandeza e a convenção, que, quanto à sua majestade, deixava longe o mais despótico subjetivismo, porque nela, o meramente pessoal, que já era em si a superação de uma tradição levada ao extremo, crescia mais uma vez acima de si próprio, ao adentrar-se, grandiosa e fantasmagoricamente, nos domínios do mítico e do coletivo.” - palestra do personagem Kretzschmar sobre a música de Beethoven.Thomas Mann ( Doutor Fausto )
“... dou-lhe este relógio não para que você se lembre do tempo, mas para que você possa esquecê-lo por um momento de vez em quando e não gaste todo seu fôlego tentando conquistá-lo...” William Faulkner ( O Som e a Fúria )
Os 100 melhores
livros do século XX
-
1º – Ulisses (1922) – James Joyce (1882-1941).
Retomando parodicamente a obra fundamental do gênero épico -a “Odisséia”,
de Homero-, “Ulisses” pretende ser uma súmula de todas as
experiências possíveis do homem moderno. Ao narrar a vida de Leopold
Bloom e Stephen Dedalus ao longo de um dia em Dublin (capital da Irlanda), o
autor irlandês rompeu com todos as convenções formais do
romance: criação e combinação inusitada de palavras,
ruptura da sintaxe, fragmentação da narração, além
de praticamente esgotar as possibilidades do monólogo interior. Para T.S.
Eliot, o mito de Ulisses serve para Joyce dar sentido e forma ao panorama de “imensa
futilidade e anarquia da história contemporânea”.
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2º – Em Busca do Tempo Perdido (1913-27) - Marcel Proust (1871-1922).
Ciclo de sete romances do escritor francês, inter-relacionados e com um
só narrador, dos quais os três últimos são póstumos: “O
Caminho de Swann”, “À Sombra das Raparigas em Flor”, “O
Caminho de Guermantes”, “Sodoma e Gomorra”, “A Prisioneira”, “A
Fugitiva” e “O Tempo Redescoberto”. Ampla reflexão sobre
a memória e o poder dissolvente do tempo, o ciclo se apóia em fatos
mínimos que induzem o narrador a resgatar seu passado, ao mesmo tempo
em que realiza um painel da sociedade francesa no fim do século 19 e início
do 20.
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3º – O Processo – Franz Kafka (1883-1924). Na obra-prima do
escritor tcheco de língua alemã, o bancário Josef K. é intimado
a depor em um processo instaurado contra ele. Mas, enredado em uma situação
cada vez mais absurda, Joseph K. ignora de que é acusado,
quem o acusa e mesmo onde fica o tribunal.
-
4º – Doutor Fausto (1947) – Thomas Mann. Biografia imaginária
do compositor alemão Adrian Leverkühn, escrita por seu amigo Serenus
Zeitblom durante o desenrolar da Segunda Guerra Mundial. Nela, o autor, para
recontar o pacto fáustico com o diabo, se vale de aspectos da vida de
Nietzsche, da teoria dodecafônica de Shoenberg e do auxílio teórico
do filósofo Adorno. O alemão Thomas Mann, filho de uma brasileira,
recebeu o Prêmio Nobel em 1929.
-
5º – Grande Sertão: Veredas (1956)- Guimarães Rosa (1908-1967).
No sertão do Norte de Minas, o jagunço Riobaldo conta para um interlocutor,
cujo nome não é revelado, a história de sua vida de guerreiro
e de seu amor pelo jagunço Diadorim -na verdade, uma mulher disfarçada
de homem para vingar o pai morto em luta. A escrita de permanente invenção
de Guimarães Rosa (feita de neologismos, arcaísmos, transfigurações
da sintaxe) reelabora a expressão oral e os mitos do interior do país
a fim de criar um quadro épico e metafísico do sertão
-
6º – O Castelo (1926) – Franz Kafka. Em busca de trabalho, o
agrimensor K. chega a uma aldeia governada por um déspota que habita um
castelo construído no alto da colina. Submetida a leis arbitrárias,
a população passa a hostilizá-lo. Kafka morreu antes de
concluí-lo.
-
7º – A Montanha Mágica (1924) – Thomas Mann (1875-1955).
Imagem simbólica da corrosão da sociedade européia antes
da Primeira Guerra. Ao visitar o primo em um sanatório, Hans Castorp acaba
por contrair tuberculose. Permanece internado por sete anos, vivendo em um ambiente
de requinte intelectual, em permanente debate com idéias filosóficas
antagônicas, até que decide partir para
o front.
-
8º – O Som e a Fúria (1929) – William Faulkner (1897-1962).
Edições Dom Quixote (Portugal). No condado imaginário
de Yoknapatawpha, no sul dos EUA, a vida da decadente família Compson é narrada
por quatro personagens distintos, todos obcecados pela jovem Caddy, neste romance
em que a linguagem se amolda à consciência de cada personagem.
O americano Faulkner ganhou o Prêmio Nobel em
1949.
-
9º – O
Homem sem Qualidades (1930-1943) – Robert Musil
(1880-1942). Nova Fronteira Fio condutor do enredo,
o ex-oficial Ulrich é repleto
de dotes intelectuais, mas incapaz de encontrar
uma finalidadeem que aplicá-los.
De caráter ensaístico, a obra é uma
vasta reflexão
sobre a crise social e espiritual do século
20.
-
10º – Finnegans
Wake Finnegans Wake (1939) – James Joyce.
Penguin (EUA). No Brasil, trechos do livro
em “Panaroma
do Finnegans Wake” (Ed. Perspectiva).
Joyce criou nesta obra, que radicaliza seu
experimentalismo
linguístico, provavelmente o mais complexo
texto do século. A
narrativa, repleta de referências simbólicas,
mitológicas
e linguísticas que tornam a leitura
um desafio permanente, gira em torno do personagem
Humphrey
Chimpden Earwicker (HCE) e sua mulher Ana Lívia
Plurabelle (ALP), que vivem em Dublin.
-
11º – A
Morte de Virgílio (1945) – Hermann
Broch (1886-1951). Relógio d’Água
(Portugal). Escritor austríaco.
Concebida enquanto o autor estava preso
pelos nazistas,
a obra é um longo monólogo
interior do poeta latino Virgílio.
-
12º – Coração
das Trevas (1902) – Joseph Conrad
(1857-1924). Ediouro Escritor ucraniano
de língua inglesa. Em busca
de um mercador de marfim que desapareceu
na selva africana, o capitão
Marlowe o encontra inteiramente louco
e cultuado como um deus pelos nativos.
-
13º – O
Estrangeiro (1942) – Albert
Camus (1913-1960). Record . Obra
que consagrou
o autor francês de origem
argelina (Nobel de 1957) ao tratar
do absurdo
da existência. Aparentemente
sem motivação
-”por causa do sol”-,
Mersault mata um árabe durante
passeio pela praia. Julgado e condenado à morte,
resigna-se a seu destino.
-
14º – O
Inominável (1953) – Samuel
Beckett (1906-1989). Nova Fronteira
. Conclusão da trilogia
do dramaturgo irlandês,
após “Molloy” e “Malone
Morre”. Reduzido a uma
condição precária
de existência
-sem nome-, o narrador busca
se apropriar da identidade
de dois
outros personagens, Mahood
e Worm. Beckett ganhou o Nobel
em 1969.
-
15º – Cem
Anos de Solidão
(1967) – Gabriel
García
Márquez (1928).
Record . Colombiano, ganhou
o Nobel
em 1990. A saga de duas
famílias
no povoado fictício
de Macondo é o pretexto
para o autor construir
uma alegoria da situação
da América
Latina. Obra que projetou
internacionalmente o “realismo
mágico”.
-
16º – Admirável
Mundo Novo (1932) – Aldous
Huxley (1894-1963).
Globo . Inglês.
Alegoria sobre as sociedades
administradas
e sem liberdade. Em
um futuro indefinido,
todos
os nascimentos são “de
proveta” e
os cidadãos
são
vigiados. Nascido de
uma mulher, John se
torna uma
ameaça por sua
diferença.
-
17º – Mrs.
Dalloway (1925) – Virginia
Woolf (1882-1941).
Penguin Books (EUA).
Inglesa. A partir
de um fato banal
-a compra
de flores para
uma festa-, Mrs.
Dalloway
relembra sua vida
-como a relação
com a filha e uma
antiga paixão.
-
18º – Ao
Farol (1927) – Virginia
Woolf. Ediouro
. Um passeio
da família
Ramsay a um
farol, frustrada
pelo
mau tempo,
torna-se imagem
da sensação
de perda que
percorre a
obra: logo
após
irrompe a Primeira
Guerra e a
morte atingirá os
Ramsay.
-
19º – Os
Embaixadores
(1903) – Henry
James (1891-1980).
Oxford
University
Press (“The
Embassadors”,
Reino Unido).
Tema central
do escritor
americano,
o confronto
entre a
mentalidade
puritana
dos EUA
a cultura “fin-de-siècle” européia
dá o
tom nesta
história
sobre americano
que vai
a Paris
para trazer
de volta
rapaz seduzido
pela
capital
francesa.
-
20º – A
Consciência
de
Zeno
(1923) – Italo
Svevo
(1861-1928).
Minerva
(Portugal).
Após
várias
tentativas
malogradas
para
deixar
de
fumar,
Zeno
Cosini
segue
o conselho
de
seu
psicanalista
e decide
escrever
a história
de
sua
vida,
fazendo
um
retrato
impiedoso
da
burguesia
italiana.
-
21º – Lolita
(1958) – Vladimir
Nabokov
(1899-1977).
Cia.
das
Letras
. Russo
naturalizado
americano.
O professor
quarentão
Humber
apaixona-se
pela
adolescente
Lolita.
Para
tê-la
próxima,
casa-se
com
sua
mãe,
que
morre
em
um
acidente
de
carro.
Os
dois
se
tornam
então
amantes.
-
22º – Paraiso
(1960) – José Lezama
Lima (1910-1976). Scipione. Cubano. Após
a morte do pai e o fim do “paraíso” familiar, José Cemí conhece
Oppiano Licario, que o inicia na poesia. Obra marcada apelo experimentalismo
lingüístico.
-
23º – O
Leopardo (1958) – Tomaso
di Lampedusa (1896-1957). L&PM . Único romance do autor
italiano. No século 19, em
uma Sicília dominada por clãs familiares, o aristocrático
Fabrizio Salina recusa-se a ver a decadência de sua classe,
anunciada
pelas convulsões sociais que vão levar a Itália à unificação.
-
24º – 1984
(1949) – George Orwell (1903-1950). Companhia Editora
Nacional . Inglês. Nesta sombria alegoria passada em futuro
que seria o ano de 1984, cidadãos estão submetidos à autoridade
onipresente do “Big Brother” e
proibidos de manifestar sua individualidade.
-
25º – A
Náusea (1938) – Jean-Paul Sartre (1905-1980).
Nova Fronteira . Nesta obra que tornou o filósofo
Sartre mundialmente conhecido, o herói Roquentin,
sentado num banco de praça em uma
cidade do interior, subitamente deixa de ver sentido
no
mundo e passa a ter consciência do “mal-estar
de existir”. Francês,
Sartre recusou o Nobel em
64.
-
26º – O
Quarteto de
Alexandria
(1957-1960) – Lawrence
Durrell (1912-1990). Ulisseia (Portugal). Inglês
de origem indiana. Tetralogia em que a mesma história
de política, amor e perversão é contada
de quatro óticas diferentes, em quatro
diferentes romances : “Justine”, “Balthazar”, “Mountolive” e “Clea”.
-
27º – Os
Moedeiros Falsos (1925) – André Gide
(1869-1951). Gallimard (“Les Faux-Monnayeurs”,
França). Edouard mantém
um “diário do romance”,
a partir do qual pretende escrever um romance
-”Moedeiros Falsos”. A obra
criou o “mise-en-abîme” -técnica
em que a personagem se duplica dentro
do romance.
Francês,
recebeu o Nobel em 1947.
-
28º – Malone
Morre (1951) – Samuel Beckett.
Edições
Dom Quixote (Portugal).
Segundo livro da trilogia
do autor. Moribundo em um leito
de hospital,
Malone
reflete sobre sua vida.
-
29º – O
Deserto do Tártaros
(1940) – Dino
Buzzati (1906-1972). Mondadori
(“Il Deserto dei Tartari”,
Itália) Italiano. O
tenente Drogo é enviado
ao longínquo e decadente
forte Bastiani, situado na
fronteira pacificada de um
país que
nunca é nomeado.
Lá, todos aguardam
há décadas
o ataque improvável
dos tártaros e a
desilusão
se torna regra.
-
30º – Lord
Jim (1900) – Joseph
Conrad (1857-1924).
Publicações
Europa-América
(Portugal). Conrad
narra a história
de um marinheiro
atormentado
pelo remorso de
ter permitido o
naufrágio
de seu navio.
-
31º – Orlando
(1928) – Virginia
Woolf. Ediouro
. A autora
inglesa imagina
sua amiga,
a também
escritora
Vita-Sackville
West, vivendo
nos três
séculos
anteriores.
-
32º – A
Peste
(1947) – Albert
Camus.
Record
.
Epidemia
assola
Orán,
na
Argélia.
A
cidade é isolada
e
muitos
morrem.
Escrita
logo
após
o
fim
da
Segunda
Guerra,
a
obra
reflete
sobre
como
indivíduos
reagem à morte
iminente,
ao
isolamento
e
ao
vácuo
de
sentido
que
se
abre
em
suas
vidas.
-
33º – O
Grande
Gatsby
(1925) – Scott
Fitzgerald
(1896-1940).
Relógio
d’Água
(Portugal).
Americano.
Vivendo
de
negócios
ilícitos,
Jay
Gatsby
revê antiga
paixão,
Daisy,
agora
casada
com
o
milionário
Tom
Buchanan.
Tornam-se
amantes,
mas
Daisy
e
o
marido
acabarão
por
envolver
Gatsby
em
intriga
que
o
levará a
um
fim
trágico.
-
34º – O
Tambor
(1959) – Günter
Grass
(1927).
Vintage
Books
(“The
Tin
Drum”,
EUA).
Obra
em
que
o
autor
alemão
narra
a
ascensão
do
nazismo.
Internado
em
um
manicômio,
Oskar
relembra
sua
vida
desde
os
três
anos,
quando
decidiu
parar
de
crescer
por ódio
aos
pais
e
ao
mundo
adulto.
-
35º – Pedro
Páramo
(1955) – Juan
Rulfo
(1918-1986).
Paz
e
Terra
(R$
19,50).
Mexicano.
Nesta
obra
que
prenuncia
o “realismo
mágico”,
Juan
chega
a
Comala
em
busca
do
paradeiro
do
pai,
Pedro
Páramo.
Mas,
ao
descobrir
que
o
povoado é habitado
apenas
por
mortos,
Juan
morre
aterrorizado.
Enterrado,
outros
fantasmas
irão
lhe
contar
a
vida
de
seu
pai.
-
36º – Viagem
ao
Fim
da
Noite
(1932) – Louis-Ferdinand
Céline
(1894-1961).
Cia.
das
Letras
(R$
30,00).
Francês.
Após
ser
ferido
na
Primeira
Guerra,
Bardamu
conhece
a
americana
Lola,
com
quem
viaja
para
os
EUA.
Passado
na
França, África
e
nos
EUA,
a
obra
critica
as
guerras
e
o
colonialismo.
-
37º – Berlin
Alexanderplatz
(1929) – Alfred
Döblin
(1878-1957).
Rocco
(R$
42,00).
Alemão.
Obra
que
abriu
novas
possibilidades
ao
gênero
ao
utilizar
técnicas
de
montagem
e
justaposição
para
construir,
nos
anos
20,
uma
Berlim
multifacetada,
por
onde
transitam
personagens
esmagadas
pela
engrenagem
social.
-
38º – Doutor
Jivago
(1957) – Boris
Pasternak
(1890-1960).
Itatiaia
(R$
15,90).
Um
amplo
painel
da
Rússia
nas
três
primeiras
décadas
deste
século,
desde
a
crise
do
czarismo
até a
implantação
do
comunismo.
O
autor
foi
perseguido
pelo
regime
comunista
soviético,
que
o
forçou
a
recusar
o
Prêmio
Nobel
de
1958.
-
39º – Molloy
(1951) – Samuel
Beckett
(1906-1989).
Nova
Fronteira
(R$
19,00).
Primeiro
obra
da
trilogia.
Relembrando
suas
viagens,
os
narradores
Molloy
e
Moran
revelam-se
a
mesma
pessoa,
e
as
viagens,
a
busca
da
identidade
perdida.
-
40º – A
Condição
Humana
(1933) – André Malraux
(1901-1976).
Record
(R$
28,00).
Ambientado
em
Xangai
(China),
o
romance
dramatiza
os
primeiros
levantes
da
Revolução
Chinesa,
em
1927.
Francês,
Malraux
foi
ministro
da
Cultura
de
Charles
de
Gaulle.
-
41º – O
Jogo
da
Amarelinha
(1963) – Julio
Cortázar
(1914-1984).
Civilização
Brasileira
(R$
41,00).
Argentino.
A
vida
de
Oliveira
em
Paris é o
pretexto
para
o
autor
criar
um
dos
romances
mais
ousados
do
século
20.
Ao
propor
possibilidades
da
leitura
dos
capítulos
fora
da
ordem
sequencial,
o
narrador
delega
ao
leitor
a
capacidade
de
também “construir” o
romance.
-
42º – Retrato
do
Artista
Quando
Jovem
(1917) – James
Joyce.
Ediouro
(R$
19,90).
De
caráter
autobiográfico,
a
obra
investiga
o
processo
de
formação
do
artista
ao
longo
da
infância
e
adolescência
do
personagem
Stephen
Dedalus,
que
será um
dos
personagens
centrais
de “Ulisses”.
-
43º – A
Cidade
e
as
Serras
(1901) – Eça
de
Queirós
(1845-1900).
Ediouro
(R$
7,80).
Principal
autor
do
realismo
português,
Eça
põe
em
cena
a
dicotomia
entre
campo
e
cidade,
ao
contar
a
história
de
dois
amigos,
um
entusiasta
da
moderna
Paris
e
outro
da
vida
bucólica
em
Portugal.
-
44º – Aquela
Confusão Louca da Via Merulana (1957) - Carlo
Emilio Gadda (1893-1973). Record (R$ 11,00). Neste
romance “policial” sobre
um roubo de jóias, ambientado nos primeiros
anos do fascismo, o autor italiano radicaliza o
uso de jargões, gírias
e dialetos.
-
45º – As
Vinhas da Ira (1939) – John
Steinbeck (1902-1968). Record (R$ 22,00). Americano,
ganhou o Nobel de 1962. Marcada por forte crítica
social, obra narra a saga de uma família
de camponeses em busca de trabalho na Califórnia.
-
46º – Auto
de Fé (1935) – Elias Canetti
(1905-1994). Nova Fronteira (R$ 42,00).
Búlgaro
de língua alemã, ganhou
o Nobel de 1981. Obcecado desde a infância
pela idéia de ler e
saber tudo, o professor Kien acaba
por morrer
queimado em um incêndio
de seus 100
mil livros.
-
47º – À Sombra
do Vulcão (1947) – Malcolm
Lowry (1909-1957). Ed. Siciliano
(R$ 27,00). Inglês. Incorporando
técnicas
da linguagem cinematográfica
-como flashbacks e justaposição
de imagens e pensamentos-,
a obra
narra o périplo de
um velho cônsul
alcoólatra por uma
cidadezinha do México.
-
48º – O
visconde Partido ao
Meio (1952)- Italo Calvino (1923-1985).
Companhia das Letras. Italiano nascido
em Cuba. Alegoria sobre visconde
que,
partido ao meio durante uma batalha,
passa a viver só com
a metade de seu corpo que restou,
até que
a
outra metade
decide
reaparecer.
-
49º – Macunaíma
(1928) – Mário
de Andrade (1893-1945).
Scipione e Villa Rica
. Obra de ficção
mais importante do modernismo
brasileiro, “Macunaíma”, “o
herói sem nenhum
caráter”,
sincretiza o que Mário
de Andrade considerava
as características
do povo brasileiro: índio,
negro e branco, desleal,
ambicioso, coração
mole, corajoso, mas
preguiçoso.
-
50º – O
Bosque das Ilusões
Perdidas (1913) – Alain
Fournier (1886-1914).
Relógio
d’Água
(Portugal). A partir
da paixão
de um estudante
por uma
aldeã,
o autor francês
constrói
uma fábula
poética
sobre a passagem
da infância à adolescência.
-
51º – Morte
a Crédito
(1936) – Louis-Ferdinand
Céline
(1894-1961).
Nova Fronteira
. Fugindo
da
miséria,
Ferdinand
deixa sua
casa e se
envolve com
um
inventor
fantástico
que criou
uma forma
de plantio “rádio-telúrico”,
que provoca
a ira dos
agricultores
do interior
da França.
A obra radicalizou
o experimentalismo
linguístico
de “Viagem
ao Fim da
Noite”.
-
52º – O
Amante
de
Lady Chatterley
(1928) – D.H.
Lawrence
(1885-1930).
Graal
. Proibido
na
Inglaterra
por
32
anos,
acusado
de
obscenidade,
o romance
narra
a paixão
avassaladora
entre
a mulher
de
um
aristocrata
inglês
e
um
guarda-caça.
-
53º – O
Século
das Luzes
(1962) – Alejo
Carpentier
(1904-1980).
Global
. Cubano.
Publicada
a princípio
em francês,
essa
crônica
histórica
se
passa
na
ilha
antilhana
de
Guadalupe,
onde
comerciante
tenta
impor
os
ideais
da
Revolução
Francesa
(1789)
em
curso
na
Europa.
-
54º – Uma
Tragédia
Americana
(1925) – Theodore
Dreiser
(1871-1945).
New
America
Library
(“An
American
Tragedy”,
EUA).
Escritor
americano.
Jovem
ambicioso
e
arrivista
planeja
matar
a
namorada
que
pode
impedir
sua
ascensão
social.
Deixa
a
idéia
de
lado,
mas
a
moça
acaba
morrendo
e
ele é acusado.
-
55º – América
(1927) – Franz
Kafka.
Livros
do
Brasil
(Portugal).
Obra
inacabada
de
Kafka,
publicada
três
anos
após
sua
morte,
conta
a
história
de
jovem
que é enviado
aos
EUA
pelos
pais
depois
de
engravidar
uma
empregada.
-
56º – Fontamara
(1930) – Ignazio
Silone
(1900-1978).
Europa-América
(Portugal).
Italiano.
A
obra
gira
em
torno
do
recenseamento
de
camponeses
feito
pelos
fascistas
após
subirem
ao
poder.
Obra
que
influenciou
o
cinema
neo-realista.
-
57º – Luz
em Agosto
(1932) Willian
Faulkner.
Livros do
Brasil (Portugal).
A obra enfoca
a
tensão
racial no
sul dos
EUA a partir
da história
de Joe
Christmas, que,
por ser
mulato, não
consegue
se
integrar
nem
ao
mundo
dos
negros
nem
ao
dos
brancos.
-
58º – Nostromo
(1904) – Joseph
Conrad.Record.
Em país
fictício
da América
do Sul à beira
de uma revolução,
o marujo Nostromo salva carga em vias
de cair em mãos
de rebeldes. Debelada a revolta, sua proeza é desprezada
pelos companheiros. Resolve então
ocultar a
carga.
-
59º – A
Vida – Modo
de Usar (1978) – Georges Perec
(1936-1982).
Companhia das Letras . Partindo da idéia
do quebra-cabeças, o
livro relaciona as vidas e experiências
dos moradores de um edifício
em Paris. Perec participou do
grupo
de experimentação
literária
OuLiPo, de
Raymond Queneau.
-
60º – José e
Seus Irmãos (1933-1943) – Thomas
Mann. Ed. Nova Fronteira
. Tetralogia
baseada na narrativa bíblica
de Jacó, vendido pelos
irmãos aos israelitas: “A
História
de Jacó”, “O
Jovem José”, “José no
Egito” e “José,
o Provedor”.
-
61º – Os
Thibault (1921-1940) – Roger
Martin du Gard (1881-1958).
2 vols. Ed. Globo
. Neste
ciclo de oito romances,
os grandes temas do
entre-guerras,
como o declínio
do espírito
religioso e a desilusão
com
o socialismo, são
encenados por meio
da trajetória de
dois irmãos.
Francês, ganhou
o Prêmio
Nobel em
1937.
-
62º – Cidades
Invisíveis
(1972) – Italo
Calvino (1923-1985).
Companhia
das
Letras . O
viajante veneziano
Marco
Polo descreve
a Kublai Khan,
de
modo fabular
e fantasioso,
as
incontáveis
cidades do
império
do conquistador
mongol.
-
63º – Paralelo
42 (1930) – John
dos Passos
(1896-1970).
Ed. Rocco
. Inaugurando
a trilogia “USA”,
formada
ainda
por “1919?
e “Dinheiro
Graúdo”,
a obra
do autor
americano
descendente
de portugueses
traça
um painel
da América
nas
primeiras
décadas
do
século.
-
64º – Memórias
de Adriano (1951) – Marguerite
Yourcenar
(1903-1987).
Ed. Nova
Fronteira . Escritora
belga. No século
2º d.C.,
o imperador
romano Adriano,
próximo
da morte, faz
um balanço
de
sua existência
em carta ao jovem
Marco Aurélio.
-
65º – Passagem
para a Índia (1924) – E.M.
Forster (1879-1970).
Publicações
Europa-América
(Portugal). Inglês.
Na Índia
sob dominação
britânica, um
nacionalista hindu é acusado
por uma inglesa de
praticar
atos imorais. É preso
e levado
a
julgamento.
-
66º – Trópico
de Câncer
(1934) – Henry
Miller. Ibrasa – Instituição
Brasileira de
Difusão
Cultural . De
caráter
autobiográfico,
a obra
recria
o
clima de
liberdade e
inconformismo
de
artistas
e
escritores
americanos
que viviam
em Paris
no
entre-guerras.
-
67º – Enquanto
Agonizo
(1930) – William
Faulkner.
Ed. Exped . O
périplo
da família
Bundren
para enterrar
a mãe
em Jefferson é um
pretexto
para virem à tona
-na consciência
das personagens-
as desavenças
entre irmãos,
pai e
tios.
-
68º – As
Asas
da Pomba
(1902) – Henry
James
(1843-1916).
Ediouro
.
Rapaz é estimulado
pela
amante
maquiavélica
a
cortejar
uma
milionária
que
está à beira
da
morte.
-
69º – O
Jovem
Törless
(1906) – Robert
Musil.
Ed.
Nova
Fronteira
.
Alemão.
Descreve
a
vida
de
adolescentes
em
um
internato
alemão,
onde
a
severidade
do
sistema
educacional
conjuga-se à brutalidade
do
comportamento
dos
alunos.
-
70º – A
Modificação
(1957) – Michel
Butor
(1926).
Minuit
(“La
Modification”,
França).
Narrado
inteiramente
na
segunda
pessoa
do
plural,
o
livro
conta
a
história
de
homem
que,
em
um
trem,
a
caminho
de
encontrar
a
amante
em
Roma,
divide-se
entre
o
amor
dela
e
o
de
sua
mulher.
-
71º – A
Colméia
(1951) – Camilo
José Cela
(1916).
BCD União
de Editoras
. Espanhol,
ganhou o
Nobel de
1989. Diversos
personagens
e histórias
se cruzam
neste livro
em que
a verdadeira
personagem é a
cidade de
Madri (Espanha),
logo após
a
Segunda
Guerra.
-
72º – A
Estrada de Flandres (1960) – Claude
Simon (1913). Ed. Nova
Fronteira . O francês
Claude Simon, ligado
ao movimento do “roman
nouveau” (novo
romance), evoca neste
livro a derrota da
França
pelos nazistas
em
1940. Ganhou o Prêmio
Nobel em
1985.
-
73º – A
Sangue Frio (1966) – Truman
Capote (1924-1984).
Livros do Brasil
(Portugal). Enviado
como jornalista
para cobrir um crime
real, o
autor americano
criou um novo gênero
-o romance-documento-,
que insere na ficção
a investigação
sistemática
da reportagem.
-
74º – A
Laranja Mecânica
(1962) – Anthony
Burgess (1916-1993).
Ediouro . Em
uma cidade imaginária,
o líder
de uma gangue
de vândalos é preso
e submetido
a lavagem
cerebral para “descriminalizá-lo”.
Escritor
britânico.
-
75º – O
Apanhador
no Campo de
Centeio (1951) – J.D.
Salinger
(1919). Editora
do
Autor . O
americano
Salinger
retrata o
vazio da
classe média
americana
e os dilemas
típicos
da adolescência
nos anos
50 a partir
da
história
de um
jovem
que
vaga
sem
rumo
por
Nova
York.
-
76º – Cavalaria
Vermelha
(1926) – Isaac
Babel
(1894-1941).
Ediouro
. De
grande
força épica,
o livro
narra
a vida
repleta
de
massacres
e violência
dos
soldados
russos
-os
cossacos.
-
77º – Jean
Christophe
(1904-12) – Romain
Rolland
(1866-1944).
Ed.
Globo
.
Biografia
imaginária
de
um
músico
alemão
que
vai
viver
na
França,
mas
acaba
se
decepcionando
com
a
frivolidade
da
cultura
do
país.
-
78º – Complexo
de
Portnoy
(1969) – Philip
Roth
(1933).
Editora
L&PM
.
Americano.
Conceito
da
psiquiatria, “Complexo
de
Portnoy” tem
como
eixo
garoto
judeu
obcecado
pela
mãe
e
em
busca
de
satisfação
sexual,
o
que
acaba
por
aumentar
seu
complexo
de
culpa.
-
79º – Nós
(1924) – Evgueni
Ivanovitch
Zamiatin
(1884-1937).
Ed.
Antígona
(Portugal).
O
escritor
russo
satiriza
o
regime
comunista
soviético
por
meio
de
uma
cidade
imaginária
onde
não
existem
nem
individualismo
nem
liberdade.
-
80º – O
Ciúme
(1957) – Allain
Robbe-Grillet
(1922).
Ed.
Minuit
(“La
Jalousie”,
França).
Francês.
Nesta
obra-chave
do “nouveau
roman”,
um
narrador
paranóico
investiga
a
suposta
traição
da
mulher.
-
81º – O
Imoralista
(1902) – André Gide
(1869-1951).
Ed.
Gallimard
(“L’Imoraliste”,
França).
Escritor
francês.
Criado
na
estrita
moral
puritana,
Michel
busca
a
auto-realização,
o
que
resulta
no
sacrifício
daqueles
que
o
cercam,
como
a
sua
mulher.
-
82º – O
Mestre
e
Margarida
(1940) – Mikhail
Afanasevitch
(1891-1940).
Ed.
Ars
Poética
.
Escritor
russo.
Voland
-a
encarnação
do
diabo- é internado
em
um
manicômio
ao
desmascarar
os
abusos
e
favoritismos
da
sociedade
russa
dos
anos
20.
-
83º – O
Senhor
Presidente
(1946) – Miguel Ángel
Asturias
(1899-1974).
Ed.
Losada
(“El
Señor
Presidente”,
Argentina).
Ganhador
do
Nobel
de
1967,
o
guatemalteco
se
tornou
um
dos
pioneiros
do “realismo
mágico” com
esta
obra
que
satiriza
um
ditador
sul-americano.
-
84º – O
Lobo
da
Estepe
(1927) – Herman
Hesse
(1877-1962).
Ed.
Record
.
Escritor
alemão.
Solitário
e
em
crise
existencial,
o
escritor
Harry
Haller
acaba
por
conhecer
duas
pessoas
que
vão
incitá-lo
a
aceitar
a
vida
em
toda
a
sua
plenitude.
-
85º – Os
Cadernos
de
Malte
Laurids
Bridge
(1910) – Rainer
Maria
Rilke
(1875-1926).
Editora
Siciliano
.
Escritor
alemão.
Intelectual
reflete
em
seu
diário
sobre
a
morte
e
a
busca
de
Deus
enquanto
se
recupera
de
uma
doença.
-
86º – Satã em
Gorai
(1934) – Isaac
B.
Singer
(1904-1991).
Ed.
Perspectiva
.
No
século
17,
em
uma
aldeia
da
Polônia
assediada
por
tropas
inimigas,
um
falso
messias
anuncia
a
redenção
próxima.
Polonês
de
língua
inglesa,
Singer
recebeu
o
Prêmio
Nobel
em
1978.
-
87º – Zazie
no
Metrô (1959) – Raymond
Queneau
(1903-1976).
Ed.
Rocco
.
Francês,
criador
nos
anos
60
do
grupo
de
experimentação
literária
OuLiPo.
Enquanto
o
metrô está em
greve,
Zazie
percorre
a
cidade
de
Paris,
partilhando
a
experiência
de
personagens
como
uma
viúva,
um
taxista
e
um
cabeleireiro.
-
88º – Revolução
dos
Bichos
(1945) – George
Orwell.
Editora
Globo
.
Animais
de
uma
fazenda
se
rebelam
contra
seus
donos
e
tomam
o
poder.
Ambicionam
realizar
uma “sociedade” igualitária,
mas
logo
se
instala
uma
ditadura,
a
dos
porcos,
que
submete
os
demais
bichos
como
faziam
os
donos
humanos.
-
89º – O
Anão – Pär
Lagerkvist.
Ed.
Farrar,
Strauss & Giroux
(“Dwarf”,
EUA).
No
século
15,
em
Florença,
um
anão
conta
em
um
diário
como
foi
encarcerado
na
torre
do
palácio
por
Lorenzo
de
Médici
depois
de
servi-lo
por
vários
anos.
O
autor
sueco
ganhou
o
Nobel
em
1951.
-
90º – A
Tigela
Dourada
(1904) – Henry
James.
Oxford
University
Press
(“The
Golden
Bowl”,
EUA).
Dividido
em
duas
partes,
o
livro é um
estudo
sobre
o
adultério
a
partir
da ótica
de
um
aristocrata
e
de
sua
mulher.
-
91º – Santuário – William
Faulkner.
Editora
Minerva
(Portugal).
Um
delinquente
mata
um
de
seus
comparsas
e
violenta
uma
jovem,
que
ele
depois
obriga
a
se
prostituir.
Perseguido
pela
polícia,
ele é inocentado
do
crime
pela
mulher,
que
acusa
a
um
outro,
que
acaba
linchado.
A
fraqueza
da
justiça
humana,
a
crueldade
e
a
impotência
são
alguns
dos
temas
reunidos
por
Faulkner
neste
livro,
em
que
a
tragédia
grega
se
intromete
no
romance
policial,
na
observação
de
André Malraux.
-
92º – A
Morte
de
Artemio
Cruz
(1962) – Carlos
Fuentes
(1928).
Ed.
Rocco
.
Escritor
mexicano.
Inválido
e à beira
da
morte,
o
rico
e
poderoso
Artemio
Cruz
relembra
o
seu
passado
revolucionário.
-
93º – Don
Segundo
Sombra
(1926) – Ricardo
Güiraldes
(1886-1927).
Ed.
Scipione
.
De
dimensões
míticas,
obra
narra
a
formação
de
um
jovem
por
um
dos últimos “gauchos” dos
pampas
argentinos.
Obra
de
forte
caráter
nacionalista.
-
94º – A
Invenção
de
Morel
(1940) – Adolfo
Bioy
Casares
(1914).
Ed.
Rocco
.
Neste
clássico
da
literatura
fantástica,
o
autor
argentino
cria
a
história
de
um
homem
em
fuga
da
Justiça
que
chega
a
uma
ilha
deserta,
onde
pouco
a
pouco
realidade
e
imaginário
começam
a
se
misturar.
-
95º – Absalão,
Absalão
(1936) – William
Faulkner.
Editores
Reunidos
(Portugal).
O
passado
mítico
e
trágico
de
Thomas
Sutpen,
que
impôs
a
destruição à velha
aristocracia
de
uma
cidade, é narrado
a
partir
de
três
pontos
de
vista
diferentes,
que
se
contradizem,
se
anulam
ou
se
confirmam.
O
drama
familiar,
o
conflito
racial
e
a
decadência
sulina
expandem-se
em
um
quadro
histórico
dos
maiores
construídos
por
Faulkner.
-
96º – Fogo
Pálido
(1962) – Vladimir
Nabokov
(1899-1977).
Ed.
Teorema
(Portugal).
Escritor
russo-americano.
Após
apresentar
ao
leitor
um
poema
recém-descoberto
-”Fogo
Pálido”-,
o
narrador
analisa
sua
estrutura
e
investiga
as
motivações
que
levaram
o
autor
-já morto-
a
escrevê-lo.
-
97º – Herzog
(1964) – Saul
Bellow
(1915).
Ed.
Relógio
d’Àgua
(Portugal).
Em
crise
existencial,
intelectual
passa
a
enviar
cartas
a
figuras
fictícias,
como
filósofos,
políticos,
além
de
Deus
e
a
si
mesmo.
Americano,
ganhou
o
Nobel
em
1976.
-
98º – Memorial
do
Convento
(1982) – José Saramago
(1922).
Bertrand
.
Autor
português,
ganhou
o
Nobel
em
1998.
Durante
construção
de
convento
em
Portugal
no
século
18,
padre
idealiza
realizar
um
engenho
voador,
a “passarola”,
o
que
desagrada
a
Inquisição.
-
99º – Judeus
sem
Dinheiro
(1930) – Michael
Gold
(1893-1967).
Editorial
Caminho
(Portugal).
Membro
do
Partido
Comunista,
o
escritor
americano
traça
um
painel
do
bairro
do
Lower
East
Side,
em
Nova
York,
durante
as
primeiras
décadas
do
século,
quando
começavam
a
chegar
as
primeiras
levas
de
imigrantes
judeus.
-
100º – Os
Cus
de
Judas
(1980) – Antonio
Lobo
Antunes
(1942).
Ed.
Marco
Zero
.
Escritor
português.
A
obra
trata
de
forma
sarcástica
e
irreverente
a
ditadura
salazarista
dos
anos
70
e
as
guerras
pela
libertação
das
colônias
portuguesas
na África.
Fontes: http://www.dominiopublico.gov.br /http://www.citador.pt; http://www.lendo.org, Folha de S.Paulo