Lacroix
na Arte
Exposição
em São Paulo apresenta os figurinos desenhados pelo
estilista Christian Lacroix para teatro, ópera e balé

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Apaixonado
por teatro desde a meninice, vivida na cidade francesa de
Arles, o estilista Christian Lacroix começou a desenhar
figurinos para peças, balés e óperas
antes mesmo de criar sua grife de alta-costura. Um dos principais
responsáveis por injetar cor e extravagância
ao segmento mais exclusivo da moda — dominado até
meados da década de 1980 por trajes minimalistas —,
Lacroix empresta o estilo barroco de suas coleções
a figurinos de personagens memoráveis, como a Desdêmona
da montagem francesa de Otelo (1995), de Shakespeare, e Fedra,
papel-título da clássica tragédia de
Racine, levada aos palcos parisienses no mesmo ano.

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Como parte dos
eventos do Ano da França no Brasil, o Museu de Arte
Brasileira da Fundação Armando Álvares
Penteado (MAB-Faap), em São Paulo, abriga, a partir
de 24 de agosto, cerca de cem peças de figurinos teatrais
e 80 croquis. Eles compõem a exposição
Christian Lacroix — Trajes de Cena, já vista
na França e em Cingapura. Sejam para as passarelas
ou para o palco, as roupas concebidas por Lacroix carregam
elementos básicos para um verdadeiro show de estilo:
tons vibrantes, ousadia e brilho na medida exata.

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Balé
- Sherazade. Quando foi convidado pela coreógrafa francesa
Blanca Li para desenhar o figurino do balé Sherazade
(2001), Lacroix propôs a ela que esquecessem as peças
da célebre montagem de 1910, dirigida pelo russo Serguei
Diaghilev. Para a nova versão, pensou em cinco matrizes
de cores: branco, vermelho, azul, preto e branco e uma policromática,
inspirada nos tons do amanhecer. Calças curtas ou pantalonas,
lenços de tafetá e peças com apliques
compunham a coleção.
Ópera
- Romeu e Julieta. Com direção do francês
Ludovic Lagarde, a criação do compositor contemporâneo
francês Pascal Dusapin foi encenada em abril de 2008
no Opéra Comique, em Paris. No mais recente trabalho
de Lacroix para os palcos, o estilo elisabetano domina o figurino,
com peças bufantes e bordadas. Os croquis dos vestuários
de Romeu e Julieta ainda apresentam cores indefinidas; quando
prontas, as peças de Romeu ficaram em um tom de cinza
azulado e o vestido de Julieta, em rosa-bebê.

© Centre National du Costume de Scène,
France
Fotografia: Jean-Marc Tessonnier - Ville de Moulins
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Teatro
- Fedra. Para o figurino da montagem de Fedra (1995),
dirigida por Anne Delbée e apresentada na Comédie-Française,
o estilista trabalhou principalmente com tecidos egípcios,
tingidos em vários tons. Inspirado no vestuário
da Antiguidade grega, Lacroix desenhou modelos que destacam
o movimento e o volume das peças.
A
mostra está dividida em vitrines e salas. São
elas:
Gaîté
Parisienne
Ballet
em um ato. Livreto Etienne de Beaumont, música Jacques
Offenbach com arranjos de Manual Rosenthal, coreografia Léonide
Massine, criada em Monte Carlo em 1938. Produção
exibida: coreografia Lorca Massine, cenário Zack Brown,
figurinos Christian Lacroix, American Ballet Theatre, New
York, 1988.
Espanha (Carmem / Arsa y Toma)
Carmen
Ópera-cômica
em quarto atos, música Georges Bizet, livreto Henri
Meilhac e Ludovic Halévy segundo a novela de Prosper
mérimée, criada na Ópera-Cômica
de Paris, em 1875.
Produção exibida: direção de Antoine
Bourseiller, cenário e figurino Christian Lacroix,
Arènes de Nîmes, 1989.

© Centre National du Costume de Scène,
France
Fotografia: Patrick Lorette
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Arsa
y toma
Ballet
flamenco, coreografia Cristina Hoyos, música Paco Arriaga,
cenário Daniel Bianco, figurino Christian Lacroix,
iluminação Paco Doniz, Ópera de Avignon
e dos Países de Vaucluse, 1996.
Otelo
Peça
de William Shakespeare, criada no Whitehall Palace em Londres,
em 1604.
Produção exibida: adaptação e
direção Anne Delbée, cenário Jean-Pierre
Regnault, figurino Christian Lacroix, Paris, Théâtre
14 Jean-Marie Serreau, 1995.

© Centre National du Costume de Scène,
France
Croqui original Christian Lacroix
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Fedra
Peça
de Jean Racine, criada em 1677, no Hôtel de Bourgogne,
Fedra é até hoje a tragédia clássica
por excelência, inspirada nos poetas gregos e romanos
e nas mitologias antigas. Produção exibida:
direção de Anne Delbée, cenário
Jean-Pierre Regnault, figurinos de Christian Lacroix. Paris,
Comédie-Française, 1995.
Eliogabalo
Dramma
per música em três atos, música Francesco
Cavalli, livreto anônimo completado por Aurélio
Aureli. Composto em 1668, para o carnaval, por um grande mestre
da ópera veneziano.
Produção exibida: direção Vincent
Lemaire, figurinos Christian Lacroix, iluminação
Alain Poisson. Bruxelas, Téâtre de La Monnaie,
2004.
Sherazade
Composta
em 1888 por Nicolas Rimksy-Korsakov, “Sherazade”
é originalmente uma suíte sinfônica inspirada
nas “Mil e Uma Noites”. Em 1910, Serge Diaghilev,
diretor dos Ballets Russos, extrai da partitura um ballet,
coreografia de Michel Fokine, cenário e figurino de
Léon Bakst, criado na Ópera de Paris em 1910.
Produção exibida: coreografia Bianca Li, cenário
Thierry leproust, figurino Christian Lacroix, iluminação
Jacques Chatelet, Ópera Nacional de Paris, Palais Garnier,
2001.
As Artes Florescentes (Actéon / Didon
e Enéias / As Artes Florescentes / A Mulher sem Sombra)
Actéon
Pastoral
em música de Marc-Antoine Charpentier. Livreto anônimo
segundo “As Metamorfoses” de Ovide, livro III,
obra criada cerca de 1680.
Didon
e Enéias
Ópera
em três atos de Henry Purcell. Livreto de Nahum Tate
segundo o livro IV de “L’Enéide”.
Criado em 1689 na “Boarding School for girls”,
em Chelsea.
Produção exibida: direção Vincent
Boussard, criação dos vestidos Christian Lacroix,
direção musical William Christie. Paris, Teatro
do Champs-Elysées, 2001.
As
Artes Florescentes / A decida de Orfeu aos Infernos
Duas óperas
de Marc-Antoine Charpentier, escrita para Mademoiselle de
Guise nos anos 1680.
Produção exibida: Orquestra de Arts Florissants,
direção e cravo William Christie, direção
Vincent Boussard, vestidos Christian Lacroix,. Paris, Cité
de La Musique, 2004.
A
Mulher sem Sombra
Ópera
de Richard Strauss. Livreto de Hugo Von Hofmannsthal, criada
na Ópera de Viena em 1919.
Produção exibida: direção Mathew
Jocelyn, cenário Alain Lagarde, figurino Christian
Lacroix, iluminação Roberto Venturi. Bruxelas,
Théâtre de La Monnaie, 2005.
Cosi
Fan Tutte (Cosi Fan Tutte / Il Re Pastore / Wilhelm Meister)
Drama
jocoso em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart, livreto de
Lorenzo Da Ponte, criado em Burgtheater em Viena, em 1790.
Produção exibida: direção Vicent
Boussard, cenário Vincent Lemaire, figurinos Christian
Lacroix, iluminação Alain Poisson. Bruxelas,
Théâtre de La Monnaie, 2006.
Il
Re Pastore
Dramma
per musica em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart, livreto
de Pietro Metastasio, criado em Salzbourg em 1775.
Produção exibida: direção e cenário
Vincent Boussard, figurinos Christian Lacroix, iluminação
Alain Poisson. Bruxelas, Théâtre de La Monnaie,
2003.
Os
Caprichos de Mariana
Peça
de Alfred de Musset, lançada na “La Revue des
Deux Mondes” em 1833, criada na Comédie-Française
em 1851.
Produção exibida: direção Lambert
Wilson, cenário Jean-Vincent Puzos, figurinos Christian
Lacroix, iluminação François Austerlitz.
Paris, Théâtre dês Bouffes Du Nord, 1994.
A
Valsa dos Tutus (Lês Anges Ternis / Zoopsie Comedi)
Les Anges
ternis
Música Charlie Mingus, coreografia Karole Armitage,
figurino Christian Lacroix. Criação mundial
Opera de Paris, Palais Garnier, 1987
Zoopsie
Comedi
Revista musical e coreografia das Companhis Lolita e Beau
Geste, cenário Arnaud Saure, figurino Christian Lacroix,
Sylvie Skinazi, Bataclan, 1986.

Fedra e Don Juan
© Centre National du Costume de Scène, France
Fotografia: Jean-Marc Tessonnier - Ville de Moulins
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Centre
National du Costume de Scène
O Centre
National du Costume de Scène - CNCS (Centro Nacional
do Traje de Cena), cujo Presidente é Christian Lacroix,
é a primeira estrutura de conservação,
tanto na França quanto no exterior, a ser inteiramente
consagrado ao patrimônio material dos teatros. Ele tem
como missão a conservação, o estudo e
a valorização de um patrimônio, totalizando
9000 trajes de teatro, de ópera e de balé, assim
como telas de cenário pintadas, acervo das três
instituições fundadoras do Centre: a Biblioteca
Nacional da França, a Comedie-Française e a
Ópera Nacional de Paris. Saiba mais
Data:
de 24/08 a 1/11/2009
Local: Museu de Arte Brasileira da FAAP
Endereço: Rua Alagoas, 903 – Higienópolis
Informações: (11) 3662-7198
Horário: De terças a sextas, das 10h00
às 20h00
Sábados, domingos e feriados, das 13h00 às
17h00
E-mail: museu.secretaria@faap.br
ENTRADA FRANCA - Como chegar |

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Christian
Lacroix
Nascido
em Arles, na França, em 1951, Christian Lacroix costurou
estilos e referências de diversas épocas, revirando
todas as regras já estabelecidas pela evolução
da moda. Criou coleções desconcertantes nas
quais predominam o luxo, a fantasia e, principalmente, toda
sua audácia.
Há
mais de vinte anos, antes mesmo de criar a sua Maison de costura,
o estilista trabalha com uma paixão constante nas coxias
dos teatros e em seus ateliês de costura. Conjuga a
ciência da técnica da alta costura, o savoir-faire
artesanal, truques e astúcias do palco, o respeito
pelas obras e a sensibilidade pessoal dos atores. Ele gosta
de evocar seus primeiros passos na costura, já que
desde jovem, ao voltar do teatro, reinterpretava os trajes
que havia visto em cena.
Em 2008,
ele realizou o sonho de ser curador de museus, quando ficou
à frente de duas exposições em comemoração
aos 20 anos de sua maison. A primeira foi “Christian
Lacroix, Histoires de Mode”, realizada no Musée
dês Arts Décoratifs, em Paris. A segunda mostra
“Christian Lacroix -Trajes de Cena”, idealizado
para o CNCS, acontece a partir de agosto de 2009, no Museu
de Arte Brasileira da FAAP. O requinte da alta costura de
Lacroix já esteve presente na FAAP em 1997, quando
ele apresentou as suas coleções em um desfile
e uma exposição.
Lacroix
Fashion House Courts New Investors
Christian
Lacroix's designs are distinctive, original, and sadly not
always wildly popular. The Wall Street Journal reports that
Florida-based Falic Group, which has owned the Lacroix fashion
house since 2005, is looking to sell a stake in the firm to
private investors.

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As department
stores reduce their inventory to match the newly reduced appetites
of their fashionable clientele some labels including Lacroix
have seen reduced orders. Brands that are a bit outside the
"timeless and classic" mold have found themselves
particularly vulnerable.
Nordstrom
and Neiman Marcus have dropped Lacroix after carrying it last
year and Saks did not order any clothes from the fall 2009
collection. Ladies who love Lacroix would be advised to head
to Barneys New York which is said to have placed orders for
fall 2009 Lacroix merchandise.
The haute
couture business is very expensive and Lacroix doesn't have
a huge backup revenue stream in the form of licensing deals
the way that some other brands do. For a brand like Chanel
or Christian Dior, the runway shows and the haute couture
line can serve as a sort of ad campaign for the ancillary
products with a higher profit such as fragrance and accessories
which can be sold to more people.
Christian
Lacroix : Le site officiel
Fontes:
AOL, Sheyla Miranda, Revista Bravo, FAAP
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