James Blake e Animal Collective promovem catarse em festival
nos EUA
O
cantor britânico James Blake e a banda Animal Collective
fizeram os shows mais excitantes da primeira tarde do
Pitchfork Musical Festival, evento promovido pelo site
de mesmo nome,
no Union Park, ontem, em Chicago (EUA).
Blake encerrou o programa do palco "azul", um
espaço onde se apresentaram outros nomes badalados
do cenário indie, como a banda tUnE-yArDs e o trio
de rap Das Racist. E nenhum deles decepcionou: Blake, 24,
ao vivo, soa bem mais enérgico do que no disco que
leva seu nome, lançado neste ano.

James Blake at Pitchfork Music Festival
2011
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James Blake at Pitchfork Music Festival
2011
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Suas músicas são eletrônicas, variando
entre breakbeat, tecno e muitas experimentações.
O diferencial está no vocal: um profundo lamento
soul que destoa da figura frágil do rapaz, alcançando
extensões de agudo que provocam arrepios.
A plateia foi arrebatada por Blake, que
revezou momentos atmosféricos a outros bem dançantes.
Na mesma linha, sem concessões musicais,
foi a performance do Animal Collective, que fechou a
primeira
noite da festa no palco verde, um local maior, para os
veteranos, onde tocaram Battles e Guided by Voices.

Animal Collective at Pitchfork Music
Festival 2011
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Animal Collective at Pitchfork Music
Festival 2011
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Em meio a uma decoração psicodélica,
composta por cascatas de luzes coloridas e balões
fluorescentes, o Animal Collective fez uma apresentação
grandiosa. Sua sonoridade não é nada fácil:
IDM (intelligent dance music), pop experimental ou eletrônica
pop. Seja lá qual for a definição,
criou um Carnaval, ao som do tecno cujas batidas descambaram
num animado samba (sim, samba!).
Novatos
O tUnE-yArDs abriu o palco azul com um
ritual xamânico.
A vocalista, Merrill Garbus, rosto pintado num visual "índia
moderna", entoava frases ao som seco de uma percussão
que ela mesma tocava. Como os outros artistas do line-up,
o grupo experimenta numa formação bem particular:
além da percussão, apenas guitarra e dois
saxofones.

Pitchfork 2011, Day 1: tUnE-yArDs
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O Das Racist foi a atração mais popular
deste tablado. Fazendo um rap bem-humorado, o trio cantou
e dançou sem parar, sobre bases que vão do
rap comercial a estilos como miami bass e ghettotech. Foi
o momento mais "teen" do dia, com adolescentes
acompanhando todas as letras.
Veteranos
Entre as 11 atrações que ocuparam os três
palcos, destacaram-se ainda o guitarrista Thurston Moore,
do Sonic Youth, e o trio Battles.

Battles at Pitchfork Music Festival
2011
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Moore mostrou seu projeto solo, no qual
as guitarras são
substituídas por dois violões, harpa e violino.
As distorções, tão características
do Sonic Youth, são criadas por esses instrumentos
de corda, que se alternam em sonoridades barulhentas e
harmonias viajantes.
Já o Battles fez música eletrônica
e pesada num formato "power trio".

Pitchfork Music
Festival 2011
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Calor
O primeiro dos três dias de festival ocorreu sob
um sol de rachar, com longas filas para comprar água
e cerveja.

Pitchfork Music Festival 2011
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Apesar disso, tudo correu bem no extenso
espaço
ao ar livre, onde, além dos espetáculos,
há uma feira que tem desde estandes de discos e
pôsteres a bijuterias e produtos orgânicos.
Fontes:
Adriana Ferreira Silva; http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/944653-james-blake-e-animal-collective-promovem-catarse-em-festival-nos-eua.shtml;
http://timeoutchicago.com/
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